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Nossa rede de curadoria identificou três tendências ao redor do mundo que irão moldar a relação entre marcas e pessoas ao longo de 2019. Quer você queira ou não, alguns movimentos são grandes demais para serem ignorados. Como resultado, empresas e gestores de marketing precisam criar estratégias inteligentes e uma identidade própria para ganhar a confiança do consumidor.

É importante que as marcas avaliem que muitas das tendências mais significativas não são apenas ocorrências instantâneas, que irão passar em alguns meses. Elas evoluem e ganham novos contornos à medida que diferentes pessoas interpretam esse movimento. Grandes eventos sociais, políticos ou ambientais também podem incentivar companhias, gestores e designers a pensar de forma diferente.

 

Conheça tendências ao redor do mundo que irão moldar a relação entre marcas e pessoas ao longo de 2019

 

1. Marcas agindo de forma sustentável

O tema sustentabilidade é um dos mais constantes na agenda internacional. É verdade que muitas ações dependem – e muito – da mudança de comportamento de cada um de nós, mas a redução no uso de plástico é uma preocupação especial. Sobretudo, pela poluição dos oceanos. Contudo, essa responsabilidade precisa ser compartilhada entre empresas e consumidores.

Ao conceber algo novo, as marcas estão considerando a expectativa de vida do produto, a economia de compartilhamento e o crescimento do movimento de revenda. Esse movimento, em especial, vem tendo grande impacto no segmento de moda e vestuário – um dos mais poluentes. A LEGO, famosa por seus blocos de plástico, também já anunciou peças sustentáveis feitas de plástico à base de plantas.

 

Marcas agindo de forma sustentável, considerando a expectativa de vida do produto, a economia de compartilhamento e o crescimento do movimento de revenda

 

A IKEA também estudou durante dois anos uma forma de incluir o reaproveitamento de garrafas PET nos seus móveis. Isso exigiu avaliação do material, do design e do processo de produção para não comprometer forma, função e a qualidade. Desse estudo nasceu a linha Kungsbacka para cozinhas. Veja detalhes neste post. Com isso, muda a relação de consumo: Vamos deixar de viver com muito para viver muito melhor.

 

A IKEA estudou durante dois anos uma forma de incluir o reaproveitamento de garrafas PET (plástico) na sua linha de móveis, com a cozinha Kungsbacka

 

2. Novas experiências para os consumidores

As pessoas estão no centro deste movimento. Marcas, agências, consultores e influenciadores têm como missão criar experiências. Já não basta simplesmente converter leads, é preciso conduzir os consumidores ao longo de uma jornada e criar momentos que contribuam para o desejo de marca. Será preciso estabelecer conexões em um nível emocional e de representação.

Essa tendência vem sendo explorada pelo Airbnb desde 2016, quando a empresa lançou o Airbnb Trips. Reveja nosso post sobre o assunto. O serviço consiste em oferecer uma série de atividades e passeios locais, com a intenção de “imergir viajantes em comunidades ao redor do mundo”. Até o momento, há mais de 3100 experiências ativas na plataforma em mais de 40 cidades e 26 países.

 

Marcas, agências, consultores e influenciadores têm como missão criar novas experiências para os consumidores

 

A rede de hóteis Marriott também lançou uma coleção de experiências selecionadas, denominadas Marriott Moments. O objetivo é estimular os viajantes a abraçar o bem-estar como uma maneira de recuperar o controle de suas rotinas. Os momentos variam de excursões e passeios, como um mergulho em gaiola de tubarões, a concertos exclusivos e eventos esportivos. Descubra outras ações no texto Hospitalidade e bem-estar são tendências nos hotéis.

Nesse aspecto, a hiper-segmentação de consumidores representa um desafio adicional paras todos. A experiência de usuário multi-plataforma, em cada ponto de contato com a marca, também precisa ser coerente para comunicar os valores de cada companhia.

 

É preciso conduzir os consumidores ao longo de uma jornada e criar momentos que contribuam para o desejo das marcas

 

3. Marcas com personalidade e posição

Em 2019 devemos ver mais companhias buscando formas de expressar sua personalidade. Essa ação envolve os campos visuais, com o design gráfico e atuação nas redes sociais, e verbalmente, criando um tom de voz próprio ou defendendo “bandeiras”. Assuntos como a questão de gênero, raça, orientação sexual, idade e representação publicitária deverão ser abraçadas ou abordadas com maior naturalidade.

É cada vez mais importante que as empresas consigam desenvolver uma consciência em relação a suas posições, indo além de seus interesses de marketing. Caberá a cada empresa se perguntar: quantos clientes serão perdidos e conquistados ao tomar essa posição? Aqui, vale uma ressalva. Somente uma empresa bem posicionada internamente tem autoridade para comunicar sua posição ao mundo exterior.

 

Questão de gênero, raça, orientação sexual, idade e representação publicitária deverão ser abordadas com maior naturalidade pelas marcas

 

Em 2018, um exemplo proeminente foi a postura da Nike. A empresa escolheu Colin Kaepernick, jogador de futebol americano afastado da NFL desde que iniciou protestos contra o racismo nos EUA, para a campanha de 30 anos do slogan “Just Do It”. O jogador foi o primeiro a se ajoelhar durante a execução do hino nacional em protesto contra a desigualdade racial. O anúncio trazia uma imagem em preto e branco do rosto do atleta com a mensagem: “Acredite em algo. Mesmo que isso signifique sacrificar tudo”.

A ação gerou manifestações contrárias, incluindo o presidente Donald Trump, e ameaças de boicotes contra a marca. Em contrapartida, muitos aplaudiram a posição da Nike ao se engajar em uma campanha sobre a diversidade. Consultorias de mercado também apontaram sucesso na campanha e nos índices posteriores de venda.