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O que um designer, criativo ou arquiteto pode fazer para melhorar a recepção e integração dos refugiados em áreas urbanas? Essa é a questão principal do desafio global de design lançado em conjunto pela IKEA Foundation, ACNUR – Agência da ONU para Refugiados e a WDCD – plataforma de design, de origem holandesa.

A iniciativa, lançada em 19 de fevereiro, na conferência anual da IKEA – Dia do Design Democrático (DDD), visa demonstrar a capacidade do design para mudar o mundo e volta-se ao trabalho de criativos e designers de todos os países.

Segundo a ACNUR, mais de 60% dos 20 milhões de refugiados no mundo vivem em zonas urbanas – um número com tendência a aumentar. “Os desafios que a sociedade enfrenta atualmente, na acomodação e acolhimento de refugiados, são demasiadamente complexos para os governos locais e organizações humanitárias. E, embora, por toda a Europa tenham emergido movimentos voluntários de cidadãos, é igualmente necessária a intervenção de designers para lidar com as necessidades de longo prazo de tantos novos moradores. É neste contexto que nasce este projeto, que busca mentes criativas para chegar a conceitos inteiramente novos”.

Marcus Engman, diretor de Design da IKEA Suécia, reforça: “O design é uma excelente ferramenta para melhorar o nosso dia a dia. Queremos colocá-lo ao serviço de causas úteis, além do previamente estipulado. Este é o verdadeiro conceito do Design Democrático da IKEA – fazer da forma, função, qualidade e sustentabilidade algo acessível à maioria, e não apenas a alguns.”

 

Concurso discute o papel do design na ajuda humanitária. Iniciativa é da IKEA

 

O PAPEL DO DESIGN NA AJUDA HUMANITÁRIA

Refugiados vivem em condições de superlotação e enfrentam a falta de privacidade, muitas vezes por meses, se não mais de um ano. Muitas vezes também há pouca interação entre esses abrigos e as comunidades ao seu redor, além de outras limitações.

Por isso, o briefing do desafio pede soluções ousadas e inovadoras para temas relacionados à habitação, saúde, educação, trabalho, integração cultural e muitas outras áreas.

“Cada vez mais os designers expressam uma enorme capacidade criativa enquanto agentes de mudança, capazes de readaptar o que já existe, de avaliar um desafio e surgir com uma solução inesperada”, afirma Richard van der Laken, fundador e diretor da WDCD.

 

O briefing do desafio de design pede soluções ousadas e inovadoras para temas relacionados à habitação, saúde, educação, trabalho e integração cultural

Os designers e criativos participantes devem encontrar respostas, podendo optar por atender a um ou mais itens especificados no briefing, para as seguintes questões:

  • Podemos imaginar um abrigo que seja um ativo para os refugiados e a população local?
  • Como os refugiados podem continuar a se desenvolver, pessoalmente, durante este período de espera, apesar de todas as limitações impostas?
  • Como podemos criar melhores ligações entre as culturas?
  • Como podemos melhorar a comunicação de refugiados?
  • Como aproveitar as qualificações e habilidades dos refugiados nos países de acolhimento?

Pense em possíveis intervenções dentro dos domínios da arquitetura, design de interiores, design de serviço ou mesmo design de espaço público.

PROCESSO, SELEÇÃO E INSCRIÇÃO

De acordo com as informações da IKEA Foundation, cinco finalistas, entre todos os projetos inscritos, receberão um subsídio de até 10 mil euros, além da oportunidade de participar de um laboratório de design especial com renomados profissionais, que irão ajudar a desenvolver as ideias, bem como auxiliar no desenvolvimento de protótipos e implementação do projeto.

Concurso discute o papel do design na ajuda humanitária. Iniciativa é da IKEA Foundation, ACNUR – Agência da ONU para Refugiados e a WDCD

As ideias podem ser enviadas até 20 de maio de 2016 pelo site Refugee Challenge, e o anúncio dos 5 finalistas acontece em 1º de julho, em Amsterdã (Holanda), durante o What Design Can Do 2016.

Os critérios para apresentação devem seguir os requisitos de criatividade e originalidade, relevância, viabilidade, escalabilidade e potencial de impacto.

Na página, também é possível ter acesso ao briefing completo, conhecer as sete etapas do desafio, incluindo a apresentação de propostas, fase de feedback, melhoria de propostas, seleção, decisão do júri e anúncio dos finalistas, entre outras informações e subsídios de materiais. Para mais informações visite whatdesigncando.com/challenge.