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A ideia de pessoas em movimento, sejam jovens mudando de cidade para estudar ou profissionais que vislumbram novas oportunidades de trabalho em outras cidades ou países, é crescente. Há ainda uma parcela de pessoas que está em constante deslocamento em busca da felicidade e do autoconhecimento. Contudo, esses “nômades” enfrentam o mesmo dilema: mobiliar suas residências e fazer mudanças.

É certo que o mobiliário é um componente essencial, básico na vida das pessoas, e a forma como decoramos nossas casas acaba sendo um indicador da nossa personalidade e auto-estima. Ainda assim, esses móveis acabam sendo – na grande maioria dos casos – a terceira compra mais cara que qualquer indivíduo faz – depois da compra de uma casa e do automóvel.

Mas como resolver a lacuna de compra e revenda do mobiliário, quando você enfrenta constantes mudanças? A resposta pode estar no serviço de uma startup indiana, denominada Furlenco. Com quatro anos de operação e quase seis mil clientes, segundo informações divulgadas, a empresa promete resolver esse “problema”.

 

Curadoria da Furlenco prevê diversos pacotes de móveis (sofás, mesas, camas, criados-mudos, aparadores) e acessórios, para os principais cômodos da casa

 

Móveis alugados

Atuando nas cidades indianas de Mumbai, Bangalore e Puna, a empresa aluga conjuntos de móveis e equipamentos, prometendo a ideia de uma casa rápida, fácil e acessível, mediante uma assinatura mensal, que pode variar de R$ 48 a R$ 400 (planos atuais).

A curadoria da Furlenco prevê diversos pacotes de móveis (sofás, mesas, camas, criados-mudos, aparadores) e acessórios, para os principais cômodos da casa, mas o cliente também pode montar o seu próprio plano de assinatura.

Segundo a própria empresa, eles estão “mudando a maneira como as pessoas acessam o mobiliário”. “Nós oferecemos os móveis por meio de aluguel, estabelecendo novos padrões para a indústria”. Entre as argumentações em favor da ideia, a startup indiana defende que ao aderir pelo serviço de aluguel da mobília, os clientes não perdem tempo escolhendo e pesquisando preços, e o cliente elimina todo o transtorno que envolve uma mudança (e tudo isso em até 72 horas).

 

O empresário revela ainda que o maior desafio sobre os móveis alugados – a percepção de usado pelas pessoas – foi superado com a promessa de marca

Entre as argumentações em favor da ideia, a startup indiana defende que ao aderir pelo serviço de aluguel da mobília, os clientes não perdem tempo escolhendo e pesquisando preços

 

Um caso real

Ajith Karimpana, CEO e fundador da empresa, revelou ao site Entrepreneur que sua ideia surgiu justamente quando decidiu abandonar a carreira em bancos de investimentos nos Estados Unidos e retornar para a Índia. “A experiência de me desfazer de móveis comprados por 5 mil dólares por pouco mais de 300 dólares, para logo depois ter que comprar tudo de novo, foi o estalo para o início do negócio”, disse ao site.

 

Ajith Karimpana, CEO e fundador da startup indiana Furlenco

 

A ideia de crescimento da economia compartilhada – a PricewaterhouseCoopers (PwC) estima um potencial de receita de US$ 335 bilhões até 2025 em todo o mundo – também move a companhia indiana e seu fundador.

O empresário revela ainda que o maior desafio sobre os móveis alugados – a percepção de usado pelas pessoas – foi superado com a promessa de marca: “Se você não receber o mobiliário ‘como novo’, você pode rejeitar os itens”.

 

A Furlenco aluga conjuntos de móveis e equipamentos, prometendo a ideia de uma casa rápida, fácil e acessível, mediante uma assinatura mensal

Segundo a Furlenco, eles estão “mudando a maneira como as pessoas acessam o mobiliário”

 

Mercado promissor

Com foco em pessoas solteiras que estão iniciando suas carreiras, estudantes e profissionais expatriados, além de pessoas que desejam comodidade, o prazo médio de posse dos móveis alugados, segundo a Furlenco, é de cerca de 18 meses por casa. A meta da empresa é alcançar 20 mil clientes até 2017 e cerca de 1 milhão até 2021, quando também estimar chegar a US$ 200 milhões em volume de negócios.

Na mesma entrevista, Karimpana disse que o “mercado de móveis indiano é de aproximadamente US$ 20 bilhões e o mercado de mobiliário de aluguel pode vir a corresponder com 2% a 4% do valor total”.