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Lowsumerism! Essa é a macrotendência mundial que norteará o consumo na atualidade. E parece uma contradição já que, na verdade, lowsumerism deriva da junção das palavras Low (baixo) e Consumerism (consumismo), ou seja, é um movimento para diminuir o consumo.

A macrotendência mundial foi identificada pela Box 1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de comportamento e consumo e não pode ser ignorada pelos diversos setores da economia, incluindo os fabricantes de móveis e designers.

É um movimento que trará reflexo à indústria, ao comércio e aos serviços, e vai forçar toda a cadeia a pensar em alternativas para manter o faturamento. E quanto mais cedo sua empresa despertar e procurar se adaptar, melhor. Afinal, quem sai na frente e vislumbra o futuro sofre menos com turbulências econômicas.

 

Macrotendência mundial indica consumo menor e mais consciente

Lowsumerism – de onde vem?

Vamos entender essa macrotendência, que é quase um movimento para repensar tudo o que ensinaram sobre consumo desde 1890 com a necessidade, pós Revolução Industrial, de criar demanda para o que era produzido. De lá para cá, somaram-se o crescimento do crédito e da propaganda, o sonho americano e, em 1990, o consumo chegou a um novo patamar: o consumismo.

Foi daí que o mundo começou a perceber que não seria possível continuar nesse ritmo sem esgotar os recursos naturais e a humanidade também começa a se dar conta que, conforme aponta a Box 1824, “comprar não é sinônimo de satisfação”.

Em busca de uma alternativa, inicia em 2010 o movimento da economia compartilhada que prevê o acesso acima da posse. Assim nascem os serviços símbolos dessa tendência: Airbnb, Uber, etc.

Mais recentemente, porém, ficou evidente que a economia compartilhada diminui a posse, mas não a necessidade de consumo. E foi assim em uma conscientização de que “o mundo está em processo de autodestruição, desesperado por alternativas”, como mostra o estudo da consultoria, que surge o Lowsumerism.

 

O movimento da economia compartilhada, como o Airbnb, é foco do lowsumerism

 

“Antes de se deixar levar por qualquer impulso de consumo quebre a lógica que foi plantada na sua mente”, sugere a Box 1824, frisando que a mudança precisa começar na consciência de cada pessoa.

Por fim, o estudo mostra três atitudes para consumir menos: pensar antes de comprar; buscar alternativas de menor impacto para os recursos naturais (trocar, consertar, fazer) e viver somente com o necessário.

A situação é alarmante. Diversos artigos sobre o tema relacionam inclusive o consumismo com problemas de saúde, como ansiedade e depressão. Vivemos em meio a uma geração de insatisfeitos.

É preciso acordar!

Depois da contextualização fica claro como esse movimento pode afetar a economia no futuro? Impossível não pensar que isso influenciará também o seu modelo de negócio. Mais do que nunca é preciso pensar “fora da caixa”. Dedicar tempo ao estratégico, desenhar cenários futuros, buscar soluções.

Como ressalta um artigo de Anna Valéria Medeiros para a Ponto Eletrônico: “Isso não significa deixar de consumir. A questão é avaliar a qualidade desse consumo: Eu preciso disso? Serei mais feliz com isso? Comprar este produto é incentivar impactos negativos no meio ambiente? Esta é a base do Lowsumerism”.

Acompanhe o Habitus Brasil nas próximas semanas e tenha acesso a uma série de matérias sobre microtendências de consumo no Brasil, além de materiais exclusivos.

Box 1824

A empresa nasceu em 2004 e realiza pesquisas de alta performance para clientes, mas também conteúdos relevantes para a sociedade. A empresa tem trabalhos baseados em diversos segmentos, como jovens, classe C, esportes, mercado de luxo, entre outros. São essas pesquisas diversas que dão subsídio para identificar as mudanças comportamentais e de consumo que estão acontecendo no Brasil e no mundo.