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Como o “senso de casa” evolui é o foco da nova edição do relatório Life at Home da Ikea. Em sua quinta edição, essa é a maior pesquisa internacional promovida pela marca e explora as tendências da vida doméstica. Talvez nem todo mundo saiba, mas a gigante sueca desenvolve estudos complexos para entender como os estilos de vida mudam com o passar dos anos. Tudo para projetar, a cada ano, novas linhas de mobiliário e acessórios.

Mas quais são as mudanças reais que surgiram no último ano?

Segundo os resultados de Life at Home, 35% das pessoas que vivem em áreas urbanas dizem que há lugares onde se sentem mais em casa do que na sua própria residência. Em 2016, esse percentual era de 20%.

“Descobrimos um novo comportamento, em que as pessoas usam uma rede de espaços e lugares, dentro e além das quatro paredes, como parte de sua experiência doméstica”. É o que explica Maria Jonsson, líder de Macro Insights do IKEA Group. “Queríamos saber o que leva tantas pessoas a sentirem-se desta forma. Por isso, dedicamo-nos a explorar o que contribui para o sentimento de casa e onde as pessoas o procuram”.

 

Segundo os resultados de Life at Home, da Ikea, 35% das pessoas que vivem em áreas urbanas dizem que há lugares onde se sentem mais em casa do que na sua própria residência

 

O estudo Life at Home reúne informações de mais de 22 mil pessoas de diferentes faixas etárias, em 22 países. Atualmente, a IKEA opera 363 lojas em 29 países. Todas as informações foram coletadas de março a agosto de 2018. Isso inclui visitas em lojas, residências, questionários online e estudos comportamentais. A IKEA levantou estas questões a partir de quatro dimensões: espaço, objetos, relacionamento e lugar. O objetivo, aponta a empresa, é aumentar o conhecimento e estimular a discussão sobre o que significa um melhor dia a dia.

 

A pesquisa Life at Home identificou cinco necessidades emocionais que captam o sentimento de casa: privacidade, conforto, propriedade, segurança e pertencimento

 

Uma residência não é igual a “uma casa”

O que realmente faz de uma casa, uma casa? A pesquisa Life at Home identificou cinco necessidades emocionais centrais que captam o sentimento de casa. São elas: privacidade, conforto, propriedade, segurança e pertencimento. Para a Ikea, estas necessidades são universais. Contudo, desempenham papéis diferentes em etapas diferentes da vida, dependendo da idade, com quem vivemos e em que lugar do mundo nos encontramos.

A casa, na verdade, sempre teve uma multiplicidade de significados – muito além da ideia do lugar físico. “Ela representa, por exemplo, a primeira experiência de fronteira entendida como um espaço protegido, determinando um interior e um exterior. Ao mesmo tempo, é um espaço vital para compartilhar com os outros. É também uma expressão do estilo de alguém”, reforça Maria Jonsson.

 

A IKEA levantou tendências e estilos de morar a partir de quatro dimensões: espaço, objetos, relacionamento e lugar

 

Life at Home: Além das quatro paredes

Mudanças globais significativas, como o crescimento demográfico, a revolução digital e tecnológica, e o fenômeno da urbanização contribuem para esse cenário. Esse comportamento faz nascer uma nova geografia doméstica, que vai além das quatro paredes da casa.

As razões para essa mudança radical?

As residências são cada vez mais vistas como limitantes, tanto pela falta de espaço (cidades mais populosas, preços mais altos) quanto pela ausência de privacidade (em espaço aberto, por exemplo). Com isso, tentamos satisfazer nossas necessidades emocionais fora de casa; graças também às oportunidades que as cidades oferecem para expandir os limites de nossas casas.

Nessa linha, o relatório revelou que o bairro e a comunidade são mais importantes que o tamanho do imóvel. De acordo com a IKEA, 64% dos participantes em todo o mundo disseram que preferem morar em uma pequena casa em um ótimo local; em vez de uma grande casa em outra área. Isso é especialmente verdadeiro nas grandes cidades.

 

Pesquisa da IKEA revelou que o bairro e a comunidade são mais importantes que o tamanho do imóvel

 

O estudo constatou ainda que 44% das pessoas que relataram sentir-se relaxadas, contentes e alegres em suas casas, veem seus bairros e comunidades como uma extensão de suas casas. Outros 47% notaram que buscam suas comunidades para oportunidades de crescimento pessoal.

Além do mais, com o estudo relatando que uma em cada quatro pessoas trabalhou em casa em 2018, criar um sentimento de comunidade onde você mora é um importante caminho para aumentar a qualidade de vida. Espaços de coworking, jardins compartilhados, a disseminação da rua social (novas formas de agregação da vizinhança) e todas aquelas experiências sociais que giram em torno do mundo dos alimentos também corroboram com essa nova visão.

 

Uma nova perspectiva de habitação

Para entender a proposta de vida compartilhada, recomendamos a leitura do texto Coabitação: solução para o futuro do morar? A reportagem oferece detalhes do projeto One Shared House 2030. Trata-se de uma iniciativa entre o Space 10, laboratório de tendências para o futuro da Ikea, e o estúdio de design comandado por Anton Repponen & Irene Pereyra. Afinal, você já sabe como vamos viver no ano de 2030?