Heróis da Pechincha é uma das quatro principais tendências de consumo que irão pautar os negócios no Brasil em 2016, de acordo com pesquisas realizadas por analistas globais da Mintel, agência de inteligência de mercado.
Os outros três grupos são: Ocupe Brasil, Sede por Mais e Famílias Alternativas. Depois de explanar sobre a macrotendência mundial, lowsumerism, vamos agora, com base nos resultados da Mintel, abordar cada uma destas microtendências e como elas podem impactar a produção e oferta de novos serviços.
O consumo faz parte da necessidade humana, nós sabemos, e para contornar a falta de dinheiro, os brasileiros estão explorando modelos de compra alternativos, como compartilhamento, aluguel e troca, o que permite que eles aproveitem os pequenos prazeres da vida gastando menos e tendo acesso a novas experiências e produtos.
A retomada da inflação na economia brasileira também afetou o comportamento de compra, dando espaço para o surgimento de métodos mais flexíveis de negociação. De olho nisso, muitas empresas já ofereceram alternativas interessantes do mercado.
Heróis da Pechincha
Vantagens
A pesquisa da Mintel destaca os benefícios físicos, mentais e emocionais ligados ao ato da compra. Os clientes desse tipo de serviço / produto se envolvem com a empresa e criam um vínculo. São pessoas que oferecem tempo ou dinheiro para pagar pelas experiências e, com isso, garantem entretenimento a um custo menor ou percebido como justo. Por outro lado, esses modelos de negócios ajudam os clientes a controlarem o consumo e melhor gerenciarem o quanto desperdiçam, o que compactua também com a macrotendência mundial do lowsumerism.
Para as empresas, os modelos alternativos, além do vínculo, estimulam os consumidores a continuarem comprando.
Na prática
Atmosfera social
Essa foi uma das tendências de futuro também apontadas no ebook sobre as megatendências do morar contemporâneo. Nesse quesito se destacam marcas que proporcionam interação entre os usuários.
Oportunidade para compartilhar
Seja conhecimento, espaço ou produtos, consumidores se sentem atraídos por marcas que não estão apenas visando lucro. Por meio de iniciativas, as marcas podem demonstrar que procuram se conectar aos clientes e que buscam parcerias para superar desafios da sociedade como um todo.
Conectividade e mobilidade
Já que vivemos num mundo cada vez mais anônimo, as marcas fariam bem em promover não apenas a eficiência de custos dos negócios que oferecem, mas também em destacar as oportunidades para criar interações sociais.
Heróis da pechincha… o brasileiro aprendeu que pode compartilhar, trocar ou alugar coisas que antes ele acessava apenas comprando
Jogos Olímpicos
Muitos estrangeiros, já acostumados a essa plataforma de consumo colaborativo, esperarão encontrar ferramentas como essa no Brasil – e as marcas terão que descobrir uma fórmula que agrade estrangeiros e brasileiros. Conforme consta no estudo da Mintel, os Jogos Olímpicos de 2016 (5-21 de agosto) e as Paraolimpíadas (7-18 de setembro), no Rio de Janeiro (RJ), seriam uma oportunidade para promover esse tipo de serviço aos viajantes.
Fonte de renda
Com alguns brasileiros ansiosos por fontes de renda extra, outras plataformas que podem crescer são aquelas que incentivem os consumidores a gerarem lucro através de espaço e objetos sem uso, como depósitos, vagas em garagem, compartilhamento de carros, bens e vestuário, por exemplo.
Afinal, os consumidores estão cada vez mais inclinados aos modelos alternativos, que ofereçam opções de escolha, mas sem exigir um pagamento muito alto.
As empresas que facilitarem essa forma de consumo irão se tornar marcas de alto valor para os consumidores!
Conheça os empreendimentos citados no início da reportagem: Projeto Preto Café, Dress & Go – Closet Inteligente e Barcearia.