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Um espaço super conectado, de lazer, trabalho, saúde e relacionamento. Prazer, essa é a cozinha do futuro! Pelo menos, é o que aponta o recente relatório do Instituto Silestone, ligado ao Grupo Cosentino. O trabalho, intitulado “Global Kitchen: a cozinha doméstica na era da globalização”, visa levantar as principais tendências, tanto de design como do seu uso, para os próximos anos.

O documento é fruto da colaboração de 17 especialistas em design, cozinha, tecnologia doméstica, sociologia, nutrição e sustentabilidade. Além disso, uma pesquisa realizada com 842 profissionais de lojas especializadas, de oito países, fornece dados adicionais sobre a evolução desse espaço. Os países envolvidos no relatório são: Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia.

Segundo a Cosentino, fornecedora de superfícies de alto valor agregado, o objetivo do projeto Global Kitchen é revelar as chaves para a cozinha doméstica do futuro. Entre os produtos do grupo, temos Silestone, Dekton, Sensa, Scalea e Prexury.

 

Um espaço multifuncional, super conectado, de lazer, trabalho, saúde e relacionamento. Essa é a cozinha do futuro

 

Hoje, é uma das áreas da casa na qual as pessoas mais se dedicam e investem dinheiro. Mas como será a cozinha nos próximos 25 anos? As cores vão mudar dependendo do nosso humor? Vai tornar-se um lugar “sagrado”? Ou, talvez, um espaço para incentivar a criatividade?

Trata-se de um projeto internacional, que fornece informações valiosas sobre a cozinha do futuro e visa tornar-se uma ferramenta de referência essencial para profissionais e consumidores. Global Kitchen cria a oportunidade para a reflexão multidisciplinar ao analisar o efeito da globalização na arquitetura e design da cozinha, para determinar como esse espaço se desenvolverá nos próximos 25 anos”, indica Santiago Alfonso, vice-presidente de marketing do Grupo Cosentino.

 

A conectividade e os eletrodomésticos inteligentes irão facilitar compras online, a preparação de alimentos e outras atividades na cozinha do futuro

 

Cozinha do futuro

Espaço multifuncional e emocional

Para os especialistas consultados, é evidente que a cozinha irá recuperar o foco central que já ocupou na casa. Nos últimos anos, indica o relatório, novas demandas da classe média impactaram nessa visão. A cozinha se desenvolverá como um espaço multifuncional em todos os países e deverá desaparecer como sala independente.

O estudo do grupo sugere ainda que o espaço será dedicado ao bem-estar e entretenimento de toda a família. Aqui, é levantando um ponto interessante! Com essa natureza de integração, no futuro, a cozinha não será apenas um projeto de estética e funcionalidade. Com isso, irá reunir componentes emocionais, propícios ao relaxamento e bem-estar.

 

Para os especialistas consultados, é evidente que a cozinha irá recuperar o foco central que já ocupou na casa

 

A cozinha também continuará passando por mudanças importantes do ponto de vista tecnológico. A conectividade e os eletrodomésticos “inteligentes” irão facilitar compras online, a preparação de alimentos e lavagem, e outras atividades, como falar ao telefone e assistir TV. Tudo isso, simplesmente por tocar a superfície de trabalho.

Estes fatores podem contribuir, portanto, para novas forma de divulgar conhecimentos relacionados a comida, nutrição e cultura de alimentos. Soa como dica para os youtubers, mas isto irá permitir que se profissionalize a cozinha doméstica. A ideia de alimentos cultivados em casa também ganha força para os próximos 25 anos. Veja o vídeo abaixo.

 

Estética, função e conectividade

A transformação da cozinha vai exigir novos conhecimentos de arquitetos, designers e decoradores de interiores, indica o relatório. Mas também de fabricantes de móveis e insumos, sociólogos, nutricionistas e especialistas do meio ambiente e de energia.

Em relação ao design, por exemplo, serão considerados valores como eficiência e poupança energética, flexibilidade e a sustentabilidade dos materiais. Sem que isso represente prejuízo quanto a sua durabilidade, segurança e higiene. A gestão de resíduos e economia de água são outras demandas a serem impulsionadas nos próximos 25 anos.

Neste sentido, o Grupo Cosentino aposta que as bancadas serão multifuncionais, sendo possível cozinhar diretamente sobre elas. A mesma bancada irá incorporar conectividade e atuar como painel de controle dos eletros e dispositivos móveis. Elas também serão ajustáveis ​​em altura e irão armazenar bases de dados de receitas.

 

O Grupo Cosentino aposta que as bancadas serão multifuncionais, sendo possível cozinhar diretamente sobre elas

 

Outras tarefas que serão incorporadas na cozinha são o cálculo de peso e propriedades nutricionais dos alimentos, absorção de líquidos e autolimpeza. A iluminação inteligente será variável para coincidir com a hora do dia, o humor ou o tipo de alimento que está sendo cozido.

Contudo, Richard Wrangham, professor de Antropologia Biológica da Universidade de Harvard, faz uma ressalta. “O espaço que ocupa a cozinha tem que ser flexível e permitir a personalização para se adaptar às necessidades de cada usuário”.

 

Importância e estilos da cozinha

Na análise por países, observam-se, porém, diferenças na hora de selecionar a inovação mais destacada. Na Austrália e no Brasil é dado um maior protagonismo a novas formas de cozinhar. A sustentabilidade também aparece como destaque no Brasil. Na Itália e no Reino Unido, os protagonistas são os eletrodomésticos inteligentes. Por outro lado, a conectividade é a inovação esperada na Espanha, Estados Unidos, Portugal, Suécia e Reino Unido.

Quanto ao estilo da cozinha, incluindo seu mobiliário, a preferência se divide. O desenho modernista (minimalista, sem alças, cores impressionantes e brilho) é apreciado na Austrália, Espanha e Reino Unido. Já o estilo clássico / tradicional é a preferência no Brasil, EUA, Itália, Portugal e Suécia.

 

Quanto ao estilo da cozinha, incluindo seu mobiliário, a preferência se divide entre o desenho modernista e minimalista, e o estilo clássico / tradicional Global Kitchen cria a oportunidade para a reflexão multidisciplinar ao analisar o efeito da globalização na arquitetura e design da cozinha

 

O relatório Global Kitchen indica ainda a faixa de cores que serão mais solicitadas nos próximos anos, bem como os materiais preferidos para decorar. Outras observações apontam para os elementos mais importantes na remodelação de uma cozinha, e os setores que recebem a maior parte dos investimentos. O documento traz também outras opiniões de todos os 17 especialistas integrantes do estudo.

Entre os profissionais, estão os chefs Andoi Luis Aduriz (** Michelin, Mugaritz), André Chiang (** Michelin, ANDRÉ) e Jonnie Boer (*** Michelin, De Librije). Também estão presentes Alessandro Finetto (arquiteto, designer e diretor global de consumo da Whirpool), a designer Patricia Moore, o antropólogo Richard Wrangham, entre outros nomes.

 

O boom tecnológico e digital contribuirá para uma profissionalização progressiva da cozinha doméstica

 

Conclusões sobre a cozinha do futuro

Alguns dos apontamentos do relatório Global Kitchen já foram levantados por outras marcas e profissionais, mas ele traz novos dados e opiniões. E acrescenta outras previsões interessantes. Abaixo, algumas das principais conclusões.

1) A cozinha recupera seu espaço central em casa e assume um papel de liderança em projetos de design doméstico.

2) A sua consolidação como centro de interação familiar e lazer levará a uma maior integração da cozinha com o restante da casa.

3) A conectividade e os aparelhos inteligentes são as principais áreas de desenvolvimento tecnológico.

4) O boom tecnológico e digital contribuirá para uma profissionalização progressiva do ambiente doméstico.

5) Os materiais devem evoluir para uma maior flexibilidade e funcionalidade.

6) A globalização da cozinha será parcial: afetará o design e os equipamentos, mas a diversidade dos costumes locais prevalecerá.

7) Esse novo modelo vai exigir um envolvimento multidisciplinar.

8) A evolução do espaço pode impulsionar a melhoria da saúde e o desenvolvimento da economia local.

 

Para baixar o relatório completo, clique aqui A cozinha do futuro - Global Kitchen.