Consumo…
– Você realmente precisa disso?
– Você pode pagar por isso?
– Você não está querendo ser incluído ou afirmar sua personalidade?
– Você sabe a origem desse produto e para onde ele vai depois?
– Você não está sendo iludido pela publicidade e branding?
– Você acha que essa compra prejudica o planeta?
– Quantas dessas compras você acha que o planeta consegue suportar?
As questões acima são o foco de uma macrotendência mundial observada pelos especialistas e que está dando o que falar: Lowsumerism. A palavra deriva da união dos termos em inglês Low (baixo) e Consumerism (consumismo), ou seja, as pessoas estão propensas a consumir menos e com mais consciência.
O assunto, é claro, assusta muitos empresários e foi tema do Workshop: Tendência de Consumo e o Setor Moveleiro, promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e ministrado pelo sócio da Shargal estratégia + design e responsável pela área de Design & Experiência do Usuário dos Institutos Lactec, Caio Márcio Almeida e Silva.
É importante, segundo o profissional, ter pessoas dedicadas aos níveis tático e estratégico da empresa para enxergar tendências e antecipar ações que a tornem menos suscetível às variações econômicas e comportamentais da sociedade.
Consumo
Além da macrotendência Lowsumerism, o palestrante apresentou quatro microtendências de consumo que devem pautar os negócios no Brasil em 2016.
O estudo, desenvolvido pela Mintel – empresa de inteligência de mercado, avalia o comportamento dos consumidores e resultou nos seguintes perfis de consumo:
Heróis da pechincha
“Os consumidores brasileiros estão explorando modelos de compra alternativos como compartilhamento, aluguel e troca, o que permite que eles ainda aproveitem os pequenos prazeres da vida”.
Exemplos: Airbnb e Skwag (aplicativo que permite a troca de sapatos).
Sede por mais
“Enquanto o país luta contra a recessão – após uma década de auge das commodities – e problemas de clima, os consumidores brasileiros começam a descobrir que adotar práticas ecológicas pode ajudá-los a economizar dinheiro”.
Exemplos | Sabão em pó com melhor rendimento na lavagem e eletrodomésticos que divulgam sua eficiência em economia de água/energia.
Ocupe Brasil
“Os consumidores denunciam tudo, desde a escassez de água à corrupção, passando pelo abuso das contas públicas e pelo aumento de preços. As marcas estão se ajustando à busca por práticas justas”.
Exemplos: Reclame Aqui e iPanelaço (aplicativo que permite “bater panela” pelo iPhone)
Famílias alternativas
“A forma como os brasileiros vivem juntos e criam laços evoluiu significativamente, resultando no surgimento de novas formas de convivência”.
Exemplos: Campanhas que valorizam as datas de combate à homofobia, campanhas voltadas aos pais que cuidam dos filhos e que evidenciam a interação entre as gerações.
Fique de olho!
Essas são as tendências que devem prevalecer no Brasil em 2016, segundo o estudo apresentado. Mas para que essa informação se torne estratégica é preciso avaliar como sua empresa e/ou indústria se encaixa no atendimento a cada um dos grupos. “Tempo de crise é uma oportunidade para recalcular a rota e ver como seu negócio pode prosperar, por exemplo, atendendo de forma eficiente esses públicos”, diz Caio Márcio Almeida e Filho.
Em breve, teremos matérias detalhando cada uma dessas tendências. Acompanhe!